sexta-feira, 3 de março de 2006

José de Aguiar Costa Pinto, Grafólogo


Por Eduardo J.S. Evangelista*

Descendente de tradicional família baiana, José de Aguiar Costa Pinto nasceu na Bahia em 17 de julho de 1879, sendo neto do Marechal Aguiar (Francisco Pereira de Aguiar), casando-se em primeiras núpcias com Dona Eufrosina Conde Machado, que faleceu em 1909, sem deixar filhos. Casou-se em segundas núpcias em 21 de junho de 1919 com Dona Amanda Adriana Ferreira da Cunha, nascida em Santa Fé, Argentina e que havia estudado na Suíça e formou-se em Canto Lírico na Itália. Deste segundo casamento tiveram cinco filhos.
Formou-se em Farmácia pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1898 e em 1900, em Medicina pela mesma Faculdade.
Como estudante serviu no Corpo de Saúde, sob o comando e sob as ordens do Dr. Braz do Amaral, em Canudos.
Foi professor, lente catedrático, e depois Diretor da Faculdade de Medicina da Bahia, a primeira do Brasil, onde apresentou sua tese “A Grafologia em Medicina Legal”, trabalho inédito, até hoje não superado, publicado em 1900, com prefácio do Doutor Afrânio Coutinho (seu tio), existindo um volume depositado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Exerceu a Cátedra de Higiene na Faculdade de Medicina da Bahia, chegando a dirigi-la de 1933 a 1937.
Na política foi deputado estadual da Bahia e líder da maioria no primeiro governo de José Joaquim Seabra, quando apresentou projeto de lei criando a Imprensa Oficial do Estado, da qual foi, a seguir, o seu primeiro Diretor, dirigindo-a de 1915 a 1922; e novamente de 1924 a 1931 e de 1933 a 1935.
Era Coronel da Reserva do Serviço Médico do Exército Nacional e, de 1922 a 1924, esteve nos Estados Unidos da América do Norte, cursando Higiene na John Hopkins University, onde também ensinou a convite. Regressando ao Brasil em agosto de 1924, reassumiu a Direção da Imprensa Oficial do Estado da Bahia e a Cátedra na Faculdade de Medicina. Foi um cientista notável e boníssimo. Faleceu em 10 de novembro de 1936.

Um comentário:

Unknown disse...

Corrigindo, depois de muito tempo: SOMENTE EU AQUI NA BAHIA TENHO ESSA PÉROLA.